Com previsão de entrar em funcionamento em 2013, o Estaleiro Jurong Aracruz vai construir navios sonda de última geração, que vão explorar a camada pré-sal no litoral brasileiro. Os Drillships são um novo conceito da indústria naval petrolífera, capazes de operarem em águas profundas com alta performance. Atualmente, são construídos em países líderes em tecnologia no setor, como Coreia e Cingapura.
O Drillship produzido pelo Estaleiro Jurong Aracruz estará entre os primeiros do Brasil e será totalmente montado em território capixaba. Os navios-sonda têm casco semelhante ao de um navio normal, mas com uma abertura central, o “moonpool”, onde é executada a atividade de perfuração, e são capazes de atingir velocidade normal de navios cargueiros. Sua torre de perfuração localiza-se no centro do navio, onde uma abertura no casco permite a passagem da coluna de perfuração. O sistema de posicionamento do navio-sonda, composto por sensores acústicos, propulsores e computadores, anula os efeitos do vento, ondas e correntes que tendem a deslocar o navio de sua posição. A perfuração do poço ultrapassa a camada do pré sal, que fica de 5 a 7 mil metros de profundidade, para finalmente chegar às reservas de petróleo. O navio-sonda tem 30 metros de altura, e as peças que compõe a broca para perfuração são encaixadas uma a uma e submergidas até atingirem a reserva de óleo. A Construção de cada navio envolve cerca de 3.000 profissionais e 20.000 toneladas de aço. Cada navio sonda leva cerca de 4 anos para ser concluído, somando as fases de engenharia, projeto e construção, com um orçamento de aproximadamente US$ 750 milhões. O estaleiro terá capacidade para produzir até dois navios-sonda por vez.
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